Foto: Luís Nova (Ascom/MCTI)
A discussão sobre as perspectivas dos fundos estaduais e privados para ciência, tecnologia e inovação é fundamental para entender o futuro do desenvolvimento científico e tecnológico no país. Para a construção das políticas públicas que guiarão as áreas de CT&I nos próximos anos, a 5ª Conferência Nacional de CT&I realizou, na tarde desta quarta-feira (31), uma mesa de debates sobre os recursos financeiros destinados a apoiar iniciativas no setor.
O painel, mediado por Silvio Bulhões, presidente do Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), contou com a presença do presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP), Odir Dellagostin; da professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Zaira Turchi; e do diretor-presidente do Instituto Serrapilheira, Hugo Aguilaniu.
O presidente da CONFAP, que busca promover uma melhor articulação dos interesses das agências estaduais de fomento à pesquisa, Odir Dellagostin, falou sobre o papel das Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) no Brasil, destacando a importância dessas instituições no fomento à pesquisa científica e tecnológica.
“Atualmente, há fundações estaduais de pesquisa em todas as 27 unidades da Federação. A primeira foi a FAPESP, criada na década de 1960, seguida pela FAPERGS, que completa 60 anos este ano. Desde então, surgiram outras fundações, como a FAPEMIG e, mais recentemente, a FAPERR, estabelecida em 2022. Essas fundações desempenham um papel crucial no fomento à pesquisa e inovação tecnológica no Brasil”, afirmou.
Zaira Turchi, professora da UFG, destacou a importância de integrar estados, secretarias de CT&I e fundações de amparo à pesquisa para enfrentar os desafios do ecossistema. “Nesta mesa, debatemos o eixo 1 da Conferência, que trata da expansão, consolidação e fortalecimento do sistema nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Para enfrentar esse desafio com sucesso, é necessário considerar a integração com os estados, as secretarias de ciência e tecnologia e as fundações de amparo à pesquisa. Essas fundações desempenham um papel fundamental no financiamento e execução de projetos, além de auxiliar as secretarias com sua experiência e expertise”, ressaltou.
Finalizando a mesa de debates, o diretor-presidente do Instituto Serrapilheira, Hugo Aguilaniu, apresentou a instituição, que tem o objetivo de fomentar pesquisas de excelência com foco na produção de conhecimento e iniciativas de divulgação científica no Brasil.
“Na última Conferência Nacional, não existiam fundações como a Serrapilheira. Por isso, vou apresentar o Instituto, que é um fundo privado dedicado à ciência e divulgação científica. Criado em 2017, após a última Conferência, o Instituto é uma associação civil sem fins lucrativos que busca promover a ciência de forma perene e visível. É crucial registrar que há disposição para investir em ciência e tecnologia, e esse interesse deve ser valorizado e incentivado.”, pontuou.
Assista a íntegra do painel na página do MCTI no YouTube
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação