A Controladoria-Geral da União (CGU) realizou, nesta terça-feira (14), a 2ª Reunião Ordinária do Comitê de Equidade, Diversidade e Inclusão (CEDIN). O encontro foi marcado por uma palestra inicial sobre as “Políticas de Equidade Racial”, ministrada pelo Professor Dr. Hélio Santos, referência nacional na temática racial e presidente do Conselho Deliberativo do CEDRA e do OXFAM Brasil, entidades que compõem o Conselho de Transparência, Integridade e Combate à Corrupção – CTICC.
Na abertura do encontro, a secretária-executiva da CGU, Eveline Brito, ressaltou o compromisso da atual gestão com a equidade, diversidade e inclusão, destacando a criação do CEDIN, em 2024, como um marco importante para o fortalecimento da pauta dentro da CGU. “O CEDIN é um importante instrumento na construção de uma CGU mais representativa, justa e inclusiva, reunindo representantes de todas as áreas para discutir formas de promover mudanças e consolidar uma cultura organizacional baseada no respeito, na pluralidade e na equidade.”
O professor Dr. Hélio Santos, figura central do evento, compartilhou sua vasta experiência na luta pela igualdade racial. Em 1984, participou da fundação da primeira iniciativa do Estado brasileiro para trabalhar a questão do negro no pós-abolição. E já nos anos 90 foi precursor do sistema de cotas para a população negra.
“O tema dessa conversa, Equidade Racial, está na contramão da sociedade discriminatória. A pauta identitária se faz importante como um instrumento de defesa para enfrentar o racismo, o sexismo, o etarismo e todas as outras formas de discriminação, independentemente de gênero, raça, etnia, deficiência, orientação sexual, identidade de gênero, idade, religião ou vínculo profissional”, afirmou o professor.
Em sua palestra o professor exaltou o pioneirismo do CEDIN como o primeiro comitê da Esplanada a incluir trabalhadoras e trabalhadores terceirizados entre seus membros e indicou alternativas para aprimorar as discussões sobre inclusão e equidade na CGU. Dentre elas, está o levantamento de um Censo, que fornecerá dados concretos para pautar iniciativas. Entre as ações possíveis, o professor considerou a criação de Grupos de Afinidade, que podem acolher e conduzir debates focados nos desafios vivenciados. Para o professor, as pessoas precisam ser, além de aceitas, bem-vindas a fim de serem felizes e trabalharem melhor.
A palestra contou com mediação da servidora pública, Ellen Piedade, servidora da Secretaria de Integridade Pública da CGU, que também atua como Coordenadora Pedagógica da Associação Abayomi Juristas Negras. Em sua fala, durante a proposição de questões, Ellen reforçou que a equidade deve ser um compromisso coletivo e contínuo, essencial para o fortalecimento da administração pública.
A reunião contou ainda com a vice-presidente da Unacon Sindical, Elaine Faustino, que compôs a mesa e destacou em seu discurso o compromisso da carreira de Finanças e Controle com a promoção da diversidade e inclusão. Também participaram do evento todos os secretários das áreas finalistas da CGU , além de membros da Rede Equidade do Senado Federal, das assessorias de Participação Social e Diversidade da Esplanada e os servidores e colaboradores da CGU, que acompanharam presencialmente e em transmissão ao vivo.
No segundo momento da Reunião Ordinária, os membros do CEDIN, titulares e suplentes, além dos membros voluntários das comissões temáticas, se reuniram para compartilhar os trabalhos realizados no âmbito do Comitê e das comissões. Atualmente o CEDIN conta com quatro comissões temáticas, formadas por membros do comitê e voluntários da Controladoria, que estão desenvolvendo projetos alinhados às diretrizes de equidade, diversidade e inclusão.
Sobre o CEDIN
O Comitê de Equidade, Diversidade e Inclusão da CGU – CEDIN foi criado pela Portaria Normativa nº 115, de 14 de março de 2024 e reúne representantes de diversas áreas da instituição, entre servidores e trabalhadores terceirizados. Ao todo, são 11 membros titulares e 11 suplentes que compõem o Comitê de deliberação.
O CEDIN tem como competências principais aprimorar as políticas de equidade, diversidade e inclusão na CGU e promover mudanças e consolidar uma cultura organizacional baseada no respeito, na pluralidade e na equidade.
Fonte: Controladoria-Geral da União
