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Como a inteligência artificial pode acelerar as ações climáticas?

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Publicado em: 29/01/2025 10:01

Painel apresentou como tecnologia de alto impacto pode fomentar soluções para reduzir emissões de gases de efeito estufa e contribuir com a meta de 1,5°C do Acordo de Paris.

O painel ‘Fomentando soluções de IA para a Missão 1.5’ realizado nesta terça-feira (28) durante o seminário internacional “Inteligência Artificial e Mudança do Clima” apresentou estudos de caso, desafios e oportunidades sobre a aplicação da tecnologia para limitar o aquecimento global em 1,5°C, comparado aos níveis pré-industriais. O evento é preparatório para a COP30, que será realizada em novembro em Belém (PA).
A inteligência artificial é considerada uma tecnologia de alto impacto e que pode contribuir para o enfrentamento da mudança do clima, apoiando o desenvolvimento sustentável e a transição energética.

O especialista sênior em desenvolvimento digital do Banco Mundial, Julian Najles, que moderou o evento, ressaltou a importância da aplicação da tecnologia para a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e para a mitigação com especial atenção ao setor digital. “Para nós é crítico ajudar os países acelerarem as ações climáticas por meio da inteligência artificial, mas também administrar o crescimento da pegada de carbono”, explicou. A tecnologia demanda maior consumo de energia para processar os grandes volumes de dados.

Para a diretora-executiva da organização global sem fins lucrativos Climate Change AI, Maria João Sousa, que abordou oportunidades, desafios e riscos na utilização da inteligência artificial em ações climáticas, a ferramenta pode ser aplicada em diferentes estratégias para descarbonização de áreas relevantes como sistemas de eletricidade, construções e cidades, transportes, previsões meteorológicas, indústrias e em medidas de adaptação da sociedade. “O aprendizado de máquina é muito relevante para previsão meteorológica de eventos extremos e para acelerar experimentação científica. Pode ser útil para sugerir e recomendar experimentos com mais chances de sucesso”, explicou.

O secretário-geral adjunto da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Tomas Lamanauskas, destacou a importância de debater o tema neste momento em que a crise climática está se intensificando, 2024 foi registrado o mais quente e o primeiro em que ultrapassou 1,5°C, e considerou o momento ‘desafiador’ para falar sobre uma tecnologia cujas mudanças estão acontecendo e de maneira drástica.

Segundo Lamanauskas, estudos demonstram a otimização da eficiência de redes elétricas, e de processos que envolvem materiais para baterias e painéis solares, entre outras aplicações. “Inteligência artificial pode mitigar de 5 a 10% das emissões globais de gases de efeito estufa”, afirmou o secretário-geral. Ele mencionou ainda a colaboração com a iniciativa ‘alertas antecipados para todos’, para que as pessoas recebam informações com tempo suficiente para tomar decisões e prevenir desastres e sobre a importância de considerar o digital com central na agenda climática, incluindo as Contribuições Nacionalmente Determinada (NDCs).

O pesquisador brasileiro Erick Sperandio, professor associado e pesquisador líder de inteligência artificial e sustentabilidade da Universidade de Surrey, no Reino Unido, apresentou estudos de caso e aplicações da tecnologia em diferentes áreas. Segundo ele, um dos desafios é tornar a tecnologia viável para diferentes dispositivos. “Temos um desafio de como fazer esses modelos grandes sejam utilizados na ponta”, explicou o pesquisador sobre as limitações que os modelos têm por demandaram infraestruturas digitais que comportarem o processamento de grandes volumes de dados.

Outro trabalho citado pelo pesquisador envolve tornar os modelos de IA já desenvolvidos em modelos mais sustentáveis, com redução de consumo energético, e a busca por aplicação da tecnologia para otimizar a produção de hidrogênio verde a partir de energias renováveis, que são intermitentes. “Isso tem objetivo de tornar o próprio uso da IA mais sustentável e para a sociedade. Há enorme potencial para o Brasil explorar”, exemplificou.

Veja fotos do evento aqui. Assista ao seminário no vídeo.

Fonte: ministerio da ciência, tecnologia e informação.