Ação integra a cooperação internacional Brasil-Canadá e tem como objetivo elaborar uma versão do documento que seja universal e replicável por outros países.
O Ministério da Educação (MEC) vai traduzir o Guia da Metodologia de Acesso, Permanência e Êxito do Programa Mulheres Mil para os idiomas espanhol, francês e inglês até o final de 2026. O objetivo é elaborar uma versão universal do documento que seja replicável por outros países, como foco na América Latina e na África.
A tradução integra o Plano de Trabalho 2025-2028, assinado na terça-feira, 1º de julho, entre o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marcelo Bregagnoli, e a diretora de Parcerias Institucionais do Colleges and Institutes Canadá (CICAn), Marie-Josée Fortin. A instituição canadense é parceira do programa desde a sua criação, em 2005.
Na oportunidade, o MEC fez um balanço do Mulheres Mil, iniciativa de educação e inclusão social de mulheres com o objetivo de promover a qualificação profissional, elevação de escolaridade e a inserção de mulheres em situação de vulnerabilidade social no mundo do trabalho.
Somente em 2023 e 2024, o governo federal já investiu, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), R$ 109 milhões para oferta de 79,5 mil vagas de qualificação profissional em todo o país. Os cursos são oferecidos pelas redes federal e estaduais de educação profissional e tecnológica (EPT). Nesses dois anos, a oferta dos cursos ocorreu em mais de 527 municípios brasileiros. Para 2025, o MEC já anunciou investimento de R$ 60 milhões para 28,9 mil vagas. No painel de oportunidades, é possível localizar o número de vagas, os tipos de curso e a localidade. Outras informações devem ser obtidas junto às instituições ofertantes.
Visita – Em outra agenda na capital, a representante canadense conversou com uma turma do programa no Campus São Sebastião, do Instituto Federal de Brasília (IFB). “Só de estar aqui, de poder estudar, de ter um espaço onde sou ouvida, onde me chamam pelo nome, isso já muda tudo na minha vida”, contou Patrícia, estudante do curso de floricultura. “Ver como o programa floresceu no Brasil nos emociona. As histórias das estudantes brasileiras são sementes que já começaram a germinar em outros cantos do mundo”, destacou Marie-Josée durante visita ao Campus.
As estudantes do programa recebem auxílio para transporte e alimentação para estudarem e concluírem uma formação profissional voltada ao mercado de trabalho, aumentando, assim, sua autonomia financeira e possibilitando o fim de ciclos familiares de violência.Internacionalização — A cooperação Brasil-Canadá refere-se a metas e ações específicas com foco no compartilhamento e na disseminação do conhecimento de valor social, em especial para as populações mais vulneráveis, por meio da mobilidade de docentes, discentes e pesquisadores. Além disso, também vai priorizar o compartilhamento de experiências de políticas inclusivas de EPT com a metodologia de acesso, permanência e êxito.
Outro avanço importante é a formação de lideranças da EPT para a cooperação internacional, com o objetivo de desenvolver parcerias e colaborações entre instituições brasileiras e canadenses, promovendo o intercâmbio de conhecimento e a colaboração internacional em pesquisa, educação e inovação.
Canadá – A EPT no Canadá é altamente valorizada e bem desenvolvida, com uma variedade de programas e instituições que atendem às necessidades de estudantes interessados em adquirir habilidades e conhecimentos específicos para entrar no mundo do trabalho. Lá, a modalidade é oferecida por uma diversificada rede de instituições, incluindo colégios comunitários, institutos técnicos e politécnicos, instituições indígenas e algumas universidades que oferecem programas práticos e voltados para carreiras profissionais.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) e do IFB