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Brasília, July 11, 2025 6:52 PM

Brasil apresenta modelo inovador de financiamento climático e lança internacionalização do Eco Invest

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Publicado em: 10/07/2025 17:07

Durante agendas em Londres e Sevilha, em parceria com BID e Reino Unido, Fazenda anunciou a plataforma FX EDGE, que levará experiência do Eco Invest à América Latina e a outros países em desenvolvimento.

O Ministério da Fazenda apresentou, durante a 4ª Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento (FfD4) da ONU, em Sevilha, o Eco Invest Brasil como referência global em financiamento climático. A Fazenda também anunciou a internacionalização do programa e, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Reino Unido, lançou a plataforma FX EDGE – uma solução para destravar investimentos privados em países em desenvolvimento. O evento ocorreu entre 29 de junho e 3 de julho.

Na Espanha, representantes do MF participaram da Plataforma de Ação de Sevilha (Sevilla Platform for Action). A missão internacional do MF participou ainda da Semana de Ação Climática de Londres (London Climate Action Week), entre 21 e 29 de junho, no Reino Unido.

“O Eco Invest Brasil é mais do que uma política pública nacional – é um modelo institucional com potencial global. A plataforma FX EDGE mostra como a inovação brasileira pode contribuir para soluções regionais e Sul-Sul em finanças sustentáveis”, afirmou o chefe de Assessoria da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, Mário Gouvea.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também celebrou o protagonismo brasileiro. “É motivo de orgulho ver a experiência do Brasil com o Eco Invest inspirar soluções financeiras inovadoras que agora ganham escala regional e global. Ao compartilhar essa trajetória, contribuímos para que outros países apoiados pelo BID também encontrem caminhos para viabilizar financiamento para transição ecológica em países emergentes”, afirmou.

Modelo para o mundo

Integrado ao Plano de Transformação Ecológica – Novo Brasil, o programa Eco Invest Brasil combina blended finance, proteção cambial, liquidez e estruturação de projetos, com o objetivo de mobilizar capital privado para projetos sustentáveis no Brasil. A iniciativa busca apoiar iniciativas voltadas a restauração de terras degradadas, cadeias de biocombustíveis, madeira sustentável e projetos na Amazônia.

A plataforma FX EDGE, baseada no Eco Invest, reúne mecanismos para reduzir o risco cambial e mobilizar capital privado em países emergentes. Entre os instrumentos estão:

  • Mecanismo de Financiamento Misto e Preparação de Projetos, para fortalecer a prontidão do mercado;
  • Linha de Liquidez Cambial, que protege projetos contra fortes desvalorizações de moeda local;
  • Programa de Derivativos Cambiais, canalizando instrumentos de hedge de longo prazo, com suporte do BID e outros organismos multilaterais.

O FX EDGE será implementado com apoio do governo do Reino Unido, por meio do Programa de Infra Estrutura Sustentável do Reino Unido (UK Sustainable Infrastructure Programme), tendo o Brasil como coimplementador na América Latina e Caribe, enquanto o BID fornecerá assistência técnica e apoio financeiro aos países da região.

Segundo leilão é divulgado

O Eco Invest Brasil lançou o segundo leilão com expectativa de R$ 10 bilhões do setor privado para recuperação de 1 milhão de hectares de terras e pastagens degradadas para Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal. E já prepara 3º para bioma Amazônico.

O Comitê Executivo do Eco Invest Brasil publicou um manual. O documento apresenta informações detalhadas sobre o Programa Eco Invest Brasil. Uma das principais iniciativas do eixo de Finanças Sustentáveis do Novo Brasil – Plano de Transformação Ecológica, o programa tem por objetivo mobilizar capital privado externo para financiar projetos sustentáveis no Brasil mediante a ampliação da proteção cambial a esses investimentos, a partir de diversos instrumentos como blended finance, estruturação de projetos, liquidez e opções de compra de moeda (hedge cambial).

Lançado em abril deste ano, o segundo Leilão do Eco Invest tem foco voltado especificamente para o financiamento de projetos de recuperação de 1 milhão de hectares em terras degradadas e de conversão dessas áreas em sistemas produtivos sustentáveis, nos biomas da Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal. O Bioma Amazônico, por suas peculiaridades, será tratado de forma específica e em leilão exclusivo, previsto para os próximos meses. Nesta etapa, o leilão, no âmbito do Caminho Verde Brasil, conta com a parceria do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Há a exigência de que os projetos contemplados direcionem mais 5% das propriedades para reserva legal e que 10% contemple a Caatinga, região mais vulnerável às mudanças climática.

Atualmente, cerca de 280 milhões de hectares no Brasil são usados para a agropecuária, sendo 165 milhões de hectares de pastagens, dos quais 82 milhões estão degradados. A meta do governo é recuperar até 40 milhões de hectares de pastagens nos próximos dez anos.

Recursos do primeiro leilão 

Enquanto o modelo brasileiro ganha projeção mundial, o Eco Invest Brasil avança no país. Os recursos mobilizados no primeiro leilão da iniciativa, realizado em 2024, começaram a ser liberados pelos bancos e instituições financeiras participantes. O primeiro desembolso foi feito no final de junho pelo HSBC Brasil, que liberou R$ 125 milhões para o desenvolvimento de uma refinaria destinada à produção de diesel renovável (HVO) e combustível sustentável de aviação (SAF) a partir do óleo de macaúba. O empreendimento será feito em terras degradadas na Bahia e Minas Gerais.

O primeiro leilão mobilizou cerca de US$ 8 bilhões em compromissos de investimento privado, consolidando o Eco Invest como uma das principais ferramentas do governo federal para financiar a transição ecológica.

O segundo leilão do Eco Invest receberá propostas até o próximo dia 21 de julho – o prazo inicial era 30 de junho. O foco desta rodada são projetos de recuperação de terras degradadas. Além da prorrogação do prazo, o governo também incluiu o bioma Amazônico nesta edição.

Fonte: ministério da fazenda