Brasília (DF) – Com o objetivo de agir sobre os fatores locais associados às desigualdades entre os municípios de uma mesma região, o Programa Cidades Intermediadoras, criado pela Secretaria Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial (SDR), chegou com tudo nos estados da região Norte.
“Essa é uma região com grande extensão territorial e que ainda tem pouca conexão interna a ela mesma. As capitais são importantes, mas são poucas as cidades que possuem estrutura suficiente, por exemplo, para comportar hospitais de grande complexidade e aeroportos”, avalia a titular da SDR, Adriana Melo.
Municípios de todos os estados nortistas entraram para a lista que soma 68 cidades, onde a proposta é diminuir a pressão nas metrópoles e capitais, promovendo a ativação em rede de cidades para atuarem como intermediadoras de bens e serviços públicos.
“Ter uma rede de cidades no Brasil mais equilibrada e mais capilarizada contribui para o processo de desenvolvimento se dar de modo mais interiorizado, de forma a ter um crescimento e desenvolvimento mais equilibrado no território nacional”, pontua Adriana.
Antes de tirar o projeto do papel, foram realizados, internamente, estudos, análises e ajustes dos elementos necessários para a sua composição, além do estabelecimento de critérios para escolha das Cidades Intermediadoras. “Entendemos que planejar o território significa pensar nas cidades enquanto núcleos estratégicos para adensamento do tecido produtivo, oferta de serviços de maior qualidade, retenção de capital humano e promoção do desenvolvimento nas áreas de sua influência”, explica Adriana Melo.
Os municípios escolhidos dentro de cada estado foram:
Acre (5 municípios) |
Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Rodrigues Alves |
Amapá (6 municípios) |
Amapá, Calçoene, Cutias, Oiapoque, Pracuúba, Tartarugalzinho |
Amazonas (9 municípios) |
Alvarães, Carauari, Fonte Boa, Japurá, Juruá, Jutaí, Maraã, Tefé e Uarini |
Pará (10 municípios) |
Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Portel e São Sebastião da Boa Vista |
Rondônia (13 municípios) |
Alvorada D’Oeste, Costa Marques, Ji-Paraná, Ouro Preto do Oeste, Presidente Médici, São Miguel do Guaporé, Mirante da Serra, Nova União, São Francisco do Guaporé, Seringueiras, Teixeirópolis, Urupá e Vale do Paraíso |
Roraima (4 municípios) |
Caroebe, Rorainópolis, São João da Baliza e São Luiz |
Tocantins (21 municípios) |
Ananás, Angico, Aragominas, Araguaína, Araguanã, Arapoema, Babaçulândia, Barra do Ouro, Campos Lindos, Carmolândia, Darcinópolis, Filadélfia, Goiatins, Muricilândia, Nova Olinda, Pau D’Arco, Piraquê, Riachinho, Santa Fé do Araguaia, Wanderlândia e Xambioá |
O programa vai aumentar as oportunidades de trabalho e renda, melhorar o acesso a serviços públicos e fortalecer a infraestrutura econômica e urbana. Para isso, será feita uma coordenação entre políticas federais e ações dos estados e municípios. A iniciativa também busca implementar a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), promovendo redes de cidades conectadas, o que pode aliviar a pressão sobre os grandes centros urbanos.
“Esse é um programa que vem suprir um deficit estrutural de formação da própria região que ancorou e desenvolveu suas capitais, mas que conta ainda com municípios, salvo algumas exceções, ainda com poucas estruturas implantadas”, finaliza a secretária.
Outras Notícias:
MIDR anuncia planejamento estratégico para fortalecer reconstrução do RS
Rota da Ovinocultura é lançada para fortalecer o setor e gerar renda
Fundos Constitucionais financiam produção sustentável na agricultura familiar
Fonte: ministério da integração e do desenvolvimento regional.