Além das vagas já definidas, certame prevê vagas com possibilidade de lotação em cidades diferentes, a depender da necessidade do órgão. Remuneração inicial pode ultrapassar os R$ 16 mil.
A segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) está com edital publicado e inscrições abertas até o dia 20 de julho. Coordenado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o certame oferece 3.652 vagas em 32 órgãos e entidades, organizadas em nove blocos temáticos de áreas de atuação.
O centro-oeste contempla mais de mil vagas ofertadas, equivalente a quase um terço do total, com a grande maioria tendo como lotação Brasília (DF), abarcando oportunidades em todos os blocos temáticos. Isso se deve ao fato de a capital federal abrigar a sede da maioria dos órgãos e entidades da administração pública federal, centralizando grande parte da estrutura do Executivo. Os salários iniciais podem chegar a R$ 16 mil.
A novidade fica por conta dos cargos de Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico e Analista Técnico de Justiça e Defesa, carreiras transversais com 250 vagas em cada um.
De acordo com Cristina Mori, secretária-executiva do MGI, a intenção é ampliar a capacidade do Estado de formular políticas mais integradas. “Especialmente em temas complexos, como o desenvolvimento industrial da saúde, as políticas de inovação ou a reindustrialização sustentável”, afirmou.
Ampliando a diversidade no serviço público
Uma das inovações do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2) é a adoção de medida para promover a equiparação de gênero na segunda etapa do certame, correspondente à prova discursiva. O objetivo é corrigir distorções observadas na edição anterior, em que mulheres foram maioria entre os inscritos (56%) e presentes na aplicação da prova (54%), mas representaram apenas 37% dos aprovados finais.
A iniciativa não configura reserva de vagas, mas assegura que o número de mulheres convocadas para a etapa discursiva seja, no mínimo, equivalente ao de homens, desde que cumpram a nota mínima exigida. A medida preserva os critérios de mérito e não interfere no resultado final da seleção.
O CPNU 2 também amplia o alcance das cotas raciais e sociais. Pela primeira vez, haverá reserva de vagas para indígenas (3%) e quilombolas (2%), conforme estabelecido pela nova Lei de Cotas. O percentual destinado a pessoas negras foi ampliado para 25%, e permanece a cota de 5% para pessoas com deficiência. Ao todo, as ações afirmativas somam 35% das vagas ofertadas.
Para garantir a aplicação das cotas mesmo em cargos com número reduzido de vagas, foi realizado um sorteio público prévio. Pela legislação, a reserva só se aplica automaticamente quando há pelo menos duas vagas (no caso de cotas raciais) ou cinco (para pessoas com deficiência). Com o sorteio, o CPNU 2 assegura a inclusão em todos os blocos temáticos, mesmo onde não haveria obrigatoriedade legal.
Inscrições somente pelo site oficial
Para garantir segurança e autenticidade das informações, o MGI reforça que todo o processo de inscrição deve ser feito exclusivamente pela página de inscrições da FGV. Qualquer outro canal é considerado não oficial. As informações completas e o link de acesso às inscrições estão disponíveis na página oficial do CPNU: https://www.gov.br/gestao/pt-br/concursonacional .
Cronograma – CPNU 2:
- Inscrições: de 2 a 20/7/2025
- Pagamento da taxa: até 21/7/2025
- Provas objetivas: 5/10/2025
- Divulgação do resultado da objetiva e convocação para a discursiva: 12/11/2025
- Envio de títulos: 13 a 19/11/2025
- Prova discursiva: 7/12/2025
- Procedimento de confirmação de cotas: 30/11 a 8/12/2025
- Divulgação da primeira lista de classificação: 30/1/2026
Confira a distribuição das vagas por bloco temático, vagas e salários: https://www.gov.br/gestao/pt-br/concursonacional/cpnu-2/cargos-e-salarios-cpnu-2
Fonte: Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos