
Vinícius destacou que a CGU empacotou, dentro do Plano de Integridade e Combate à Corrupção, mais de 250 ações que abrangem desde transparência até repressão a ilícitos. – Foto: Kenzo Suzuki/ASCOM CGU
A Controladoria-Geral da União (CGU) participou, nos dias 20 e 21 de agosto, do 1º Seminário de Governança, Riscos, Controle e Integridade, promovido pelo Ministério da Fazenda, em Brasília. O evento reuniu autoridades e especialistas para discutir avanços, desafios e oportunidades na consolidação de uma gestão pública mais íntegra, eficiente e voltada à geração de valor para a sociedade.
Durante sua participação no Painel Solene, o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, ressaltou a importância de fortalecer a legitimidade e a resiliência das instituições públicas, indo além da visão restrita de integridade como simples ausência de corrupção. Ele destacou ações da CGU nos últimos anos, como a recuperação de recursos, ampliação da transparência e parcerias em operações de combate a fraudes, defendendo que instituições íntegras precisam ser legítimas, eficientes, efetivas e resilientes.
Vinícius destacou que a CGU empacotou, dentro do Plano de Integridade e Combate à Corrupção, mais de 250 ações que abrangem desde transparência até repressão a ilícitos. “Isso tem um impacto enorme na construção da legitimidade da ação do Estado, de modo que a população possa enxergar no Estado brasileiro um Estado que é eficiente, que entrega políticas públicas”, afirmou.
Mesa-redonda debate integridade e transparência
Na mesa-redonda “Integridade e Transparência: Perspectivas no Setor Público”, a secretária de Integridade Pública da CGU, Patrícia Álvares de Azevedo Oliveira, destacou os avanços e desafios na promoção da integridade no setor público. Ela ressaltou a evolução do conceito
de integridade, que deixou de estar associado apenas ao combate à corrupção e passou a envolver também gestão de riscos, legitimidade institucional, respeito a direitos e participação social. “Integridade não é responsabilidade de uma só área, mas de todos os servidores. O grande desafio é adaptar programas de integridade à realidade de cada órgão e promover políticas públicas eficazes para a sociedade”, disse Patrícia.
Já a secretária nacional de Transparência e
Acesso à Informação, Lívia Oliveira Sobota, falou sobre a importância da transparência como parte essencial da integridade e como instrumento de fortalecimento da gestão pública. Ela defendeu o avanço para uma cultura de dados abertos e ressaltou que a transparência deve ser entendida como habilitadora das entregas do Estado, conectando-se ao debate sobre participação social e confiança democrática. “Nossa missão é apoiar a gestão pública para que seja mais eficiente, permeável e conectada à sociedade, fortalecendo a democracia”, concluiu.Mesa-redonda: Controle estratégico e gestão de riscos para a geração de valor público
O seminário também contou com a presença da secretária-executiva da CGU, Eveline Brito, durante mesa-redonda no segundo dia do evento. Em sua participação, Eveline destacou reflexões sobre os desafios e perspectivas da gestão de riscos e controles no setor público. Entre os temas abordados, enfatizou a importância da decisão baseada em dados e evidências para orientar políticas públicas; o papel da cultura organizacional na consolidação da gestão de riscos; o uso da inovação tecnológica como acelerador, e não apenas acessório, nesse processo; e a necessidade de garantir sustentabilidade e continuidade das práticas de integridade mesmo diante de mudanças de gestão.
A secretária-executiva afirmou que é preciso envolver as pessoas, esclarecer, comunicar o que está sendo feito. “A gestão de riscos sobrevive à mudança de gestão quando ela integra o consciente, a cultura da organização”, disse.